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Prevenção ao suicídio e novas perspectivas | Adriana Kelmer Siano

No mês de setembro, dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio, também conhecido como Setembro Amarelo, é importante refletirmos sobre o impacto dessa grave questão de saúde pública e discutirmos os avanços recentes na compreensão e prevenção do comportamento suicida. Aproveito essa oportunidade para apresentar um resumo de um artigo recente, publicado por Gustavo Turecki e colaboradores, que oferece insights importantes sobre os fatores de risco, mecanismos biológicos e estratégias de prevenção do suicídio. O estudo explora em profundidade as causas e os fatores associados ao suicídio, proporcionando um panorama essencial para profissionais de saúde e para a sociedade em geral.

 

O suicídio é uma questão de saúde pública global que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, representando uma taxa global de 10,6 mortes por 100 mil habitante. Além disso, estima-se que para cada morte por suicídio ocorrem aproximadamente 20 tentativas fracassadas, o que agrava ainda mais o impacto social e emocional desta grave questão.

 

Os dados mostram variações significativas nas taxas de suicídio entre diferentes regiões e grupos populacionais. Em muitos países, as taxas mais altas são observadas em homens de meia-idade, enquanto as mulheres tendem a apresentar maior incidência de tentativas de suicídio. As taxas de mortalidade por suicídio costumam ser mais elevadas entre os homens, possivelmente, devido ao uso de métodos mais letais.

 

O modelo biopsicossocial de risco de suicídio integra fatores genéticos, epigenéticos, psicológicos e ambientais que interagem para aumentar a vulnerabilidade ao suicídio. O modelo demonstra como eventos de vida, traços de personalidade, condições de saúde mental e fatores sociais contribuem para o aumento da ideação suicida e, eventualmente, a tentativa de suicídio.

 

Entre as alterações neurobiológicas associadas ao comportamento suicida, destacam-se: a disfunção das vias serotoninérgicas, as respostas ao estresse, o eixo HPA e a inflamação crônica de baixo grau. Essas alterações influenciam diretamente o humor, a regulação emocional e a capacidade de lidar com situações estressantes, destacando a importância de abordagens terapêuticas que visem essas vias.

 

Por fim, as estratégias de prevenção do suicídio incluem intervenções que vão desde campanhas de conscientização e restrição de meios letais até o tratamento farmacológico e intervenções psicológicas voltadas para indivíduos em risco. O estudo destaca a importância de uma abordagem multidimensional para a prevenção do suicídio, combinando esforços de conscientização pública com suporte clínico individualizado.

 

A prevenção do suicídio requer uma abordagem integrada que considere os diversos fatores de risco e as particularidades de cada indivíduo. Na Clínica VittaSoul, abordamos essas questões com uma equipe multidisciplinar dedicada a oferecer suporte e tratamento a pacientes em risco, sempre com foco em intervenções personalizadas e baseadas em evidências. Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda, entre em contato conosco ou visite nosso Instagram (@vittasoul.clinica) para saber mais sobre nossos serviços.

Referência:

TURECKI, Gustavo et al. Suicide and suicide risk. Nature Reviews Disease Primers, v. 5, n. 74, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41572-019-0121-0.

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– Pós-graduação em Saúde Mental – com visão Funcional Integrativa (2025)
– Preceptora da Residência Médica em Psiquiatria do HU/UFJF desde 2014 — coordenadora do Ambulatório de Interconsulta Psiquiátrica e do Programa de Transtornos do Humor.

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